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PIB gaúcho cresce 2,5% na comparação com trimestre anterior

Resultado vem apoiado no desempenho da agropecuária e dos serviços que compensaram a queda da indústria

 

No segundo trimestre de 2021, conforme divulgado pela Seplag-RS/DEE, o Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul registrou aumento de 2,5% na comparação com o trimestre imediatamente anterior na série com ajuste sazonal. Esse resultado sucedeu uma alta de 4,0%, e, portanto, deu sequência à recuperação iniciada no terceiro trimestre de 2020. Ao observar o acumulado em 4 trimestres, a variação foi de 6,5%, sendo que no trimestre anterior, essa mesma taxa foi de –4,9%.   Para o Brasil, as variações foram, respectivamente, de -0,1% e de 1,8%, conforme o IBGE.

 

O PIB do segundo trimestre de 2021 foi 27,7% superior ao do segundo trimestre de 2020 no Rio Grande do Sul. No caso do país, a variação foi de 12,4%. Esse resultado acaba por se beneficiar de dois efeitos que no ano passado ocasionaram perdas significativas para a atividade, e que agora, pelo contrário, impulsionam a recuperação. Hoje, a melhora da situação da pandemia contrasta com a daquele período em que se vivenciou o auge da crise e das restrições a circulação de pessoas e bens. Soma-se a este efeito, o fator estiagem ocorrido no ano anterior e que agora contrasta com o período de maior produção do setor para o RS.

 

Sob a ótica da produção, o resultado do 2º trim/21 refletiu tanto o aumento da produção agropecuária quanto dos serviços. A agropecuária apresentou crescimento de 5,6% na série com ajuste sazonal, resultado da boa safra de 2021, com destaque para a soja. Já os serviços avançaram 1,0% nessa série e o destaque ocorreu no segmento de transportes, armazenagem e correio, que contou com o bom resultado da agropecuária para registrar tal crescimento. O comércio também se destacou ao apresentar um crescimento de 5,3%.  A indústria, por sua vez, teve desempenho negativo de -4,6%, resultado puxado pelo segmento da indústria de transformação (-5,4%).

 

Os dados mostram um processo de recuperação que, apesar de mais intenso do que no Brasil, também perde tração na passagem do primeiro para o segundo trimestre do ano, apesar do aumento da flexibilização das atividades econômicas – elemento crucial para a retomada dos serviços. Destaque para o desempenho da indústria de transformação que apresentou uma redução muito significativa na comparação com o trimestre imediatamente anterior, resultado da base de comparação mais elevada e de problemas relacionados à continuidade de linhas de produção em virtude de falta de matérias-primas, partes e peças.

 

Fonte: Fecomércio-RS

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