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Entenda a complexidade da nova concorrência e como ela impacta a diversificação de modelos de negócios no varejo

O público mudou e o que funcionava no passado não funciona mais. Acompanhar a velocidade das mudanças é uma tarefa complexa que demanda análises abrangentes e decisões assertivas

 

 

O mercado vem mudando de forma acelerada. O consumidor cada dia mais exigente esperando novas experiências.  Empresas de diferentes formatos, e até segmentos, atendendo à demanda, muitas vezes de forma bastante diferenciada.

 

O varejo alimentar muda em um velocidade nunca antes vista, transformando 15 anos de evolução em apenas dois. O varejo alimentar hoje está rodeado de novos competidores de dentro e fora do varejo. É uma nova concorrência que não existia  há pouco tempo, e vai muito além dos velhos conhecidos como farmácias, perfumarias, hortifrutis e lojas especializadas.

 

Novidades surgem a todo favor através de startups e novos formatos como as lojas autônomas e dark store. Isso sem falar no amplo mundo do universo digital, com e-commerces e marketplaces de empresas de outros setores invadindo também o mundo dos alimentos e bebidas.  

 

Um cenário mais complexo para tomar decisões e conseguir impactar o cliente que tem hoje tantas possibilidades de consumo a todo tempo. Por isso, a SA Varejo reuniu seus conselheiros em uma série de episódios para debater os temas que mais preocupam o mercado.  

 

No quinto bate-papo da série ( assista aqui ), realizada no último mês, o tema Novos concorrentes e diversificação dos modelos de negócio foi assunto da conversa com especialistas que trouxeram suas grandes contribuições.  

 

"Antes a gente cortava a pizza em quatro, agora tem que cortar em doze e é a mesma pizza. O mercado não cresce mais, a pizza não aumenta, e está todo mundo concorrendo com todo mundo", destacou Renato Giarola, especialista em varejo com passagens pelo Dia e GPA .  

 

Para Marise Araújo, sócia-fundadora da Step Stone Consultoria , diante de tanta concorrência e o e-commerce propiciando compras a qualquer hora, o desafio do varejo é ocupar um espaço com sua proposta de valor e estabelecer uma relação da marca com o cliente.  

 

"Você tem que fazer parte da lista de predileção desse consumidor para que seja contemplado no processo de compra. Esse é o desafio, definir quem é o consumidor, qual é o seu momento de compra em que você quer capturá-lo e não perdê-lo. Trabalhar para que ele fique seu fã".

 

"Entender esse cliente e nessa missão de compra o que seu formato vai entregar, expectativas do cliente, o que ele quer e o que consigo entregar. É exponencial a mudança. Entender o chefe, as dores e as expectativas porque ele está criando novas expectativas porque ele está tendo novas experiências, a expectativa de 10 anos não é mais a mesma, mudou muito. Tem muito para se melhorar e evoluir para atender as expectativas do cliente. O cliente tem tantas opções que a barganha é dele", ressalta Renato.

 

"Você nega que seu consumidor vai embora, mas as coisas estão acontecendo com uma velocidade muito grande. Para passar por um processo de mudança tem que ser mais crítico e não achar que não acontece com você. As coisas estão muito rápidas e pode ser que daqui cinco anos seja tarde. Muitas empresas não deram ouvidos e não sobreviveram", complementa Marise.