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Varejo deverá faturar R$ 2,49 bilhões com a páscoa de 2023

 

Volume de vendas deverá crescer 2,8%, mantendo-se, no entanto, 2,7% abaixo do apurado em 2019. Valorização do real compensou, parcialmente, a alta de preços dos externos, e volume importado de chocolates cresceu 6,5%. As vendas do varejo voltadas para a Páscoa deverão totalizar R$ 2,49 bilhões em 2023, segundo projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Confirmada essa expectativa, o volume de vendas apresentaria um crescimento de 2,8% ante a mesma data do ano passado, já descontada a inflação. A Páscoa representa a sexta data comemorativa mais relevante do calendário do varejo nacional.

QUADRO I 

VOLUME DE VENDAS DO VAREJO NA PÁSCOA 

(R$ bilhões a preços de 2023) 

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O terceiro avanço anual das vendas de Páscoa ainda se insere no contexto de retomada do consumo pós-pandemia. Em 2020, o volume de receitas do varejo relacionadas a essa data comemorativa registrou o menor patamar de vendas em dez anos. Assim, apesar do aumento no faturamento real esperado na Páscoa deste ano, o montante financeiro gerado deverá ficar 2,7% abaixo do volume observado na data de 2019. Em termos regionais, espera-se avanços das vendas nas principais unidades da Federação, destacando-se as previsões de altas nos Estados de Santa Catarina (+7,9%), Ceará (+7,0%) e Espírito Santo (+6,8%). Os maiores volumes, no entanto, tendem a se concentrar em São Paulo (R$ 977,02 milhões), Minas Gerais (R$ 273,11 milhões) e Rio de Janeiro (R$ 243,99 milhões). Juntas, essas unidades da Federação responderão por 60% do volume financeiro gerado pela Páscoa deste ano.  

QUADRO II 

EXPECTATIVAS DE VOLUME DE VENDAS NA PÁSCOA DE 2023 SEGUNDO UNIDADES DA FEDERAÇÃO

(R$ milhões) 

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Um indicativo da expectativa do varejo para essa data costuma ser a importação de produtos típicos. De acordo com registros da Secretaria de Comércio Exterior, tabulados pela CNC, a quantidade importada de chocolates, por exemplo, neste ano (2,76 mil toneladas), avançou 6,5% em relação ao ano passado sem, no entanto, igualar as compras de 2020 (3,00 mil toneladas). Por sua vez, outro produto tipicamente importado nesta época do ano, o bacalhau, acusa recuo de 32,7% nas quantidades importadas frente a Páscoa de 2022.

QUADRO III 

IMPORTAÇÕES DE PRODUTOS TÍPICOS DA PÁSCOA 

(Em milhares de toneladas) 

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A valorização do real compensou parcialmente a alta nos preços internacionais desses produtos. A taxa de câmbio, que às vésperas da Páscoa de 2022 situava-se em 5,25 R$/US$, atualmente se encontra abaixo dos R$ 5,15 – um recuo de quase 2%. No mesmo intervalo de tempo, os preços médios de importação tanto de chocolates quanto de bacalhau (+10,9% e +85,9% respectivamente).   A queda nas importações do pescado, na contramão do aumento das quantidades importadas de produtos à base de chocolate, é um indício de que o varejo pode estar apostando na melhor saída de produtos mais baratos. A cesta de bens e serviços composta por oito itens revela que praticamente todos deverão estar mais caros que na Páscoa passada. Na média, para um IPCA-15 de 5,5%, os itens relacionados a essa data deverão estar 8,1% mais caros que no mesmo período de 2021 – maior alta desde 2016 (+10,3%). Bolos e chocolates apresentam uma tendência de variação de +15,9% e +13,9% nos últimos doze meses.     

QUADRO IV 

VARIAÇÕES DOS PREÇOS DE BENS E SERVIÇOS MAIS DEMANDADOS DURANTE A PÁSCOA NO IPCA-15 

(Variações % em relação à Páscoa do ano anterior) 

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