Em fevereiro de 2025, conforme a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do IBGE, o volume de vendas do setor de serviços no Brasil teve variação de 0,8% na série com ajuste sazonal. O resultado de janeiro de 2024 foi revisado de -0,2% para -0,6%. No mês, entre as cinco atividades pesquisadas, foram quatro altas na margem: 2,2% em Outros Serviços, 1,8% em Serviços de Informação e Comunicação, 1,1% em Serviços Profissionais, Administrativos e Complementares, e 0,5% em Serviços Prestados às Famílias. Nos Transportes houve estabilidade (-0,1%). Com esse resultado, o setor de serviços está 1,0% abaixo do pico da série histórica ocorrida em outubro de 2024. Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve aumento de 4,2% — décima primeira alta positiva consecutiva. Com o resultado de fevereiro de 2025, no ano o setor registrou alta de 2,6% e, em 12 meses, aumento de 2,8%.
No caso do Rio Grande do Sul, houve estabilidade 0,0% no volume de vendas do setor na comparação com o mês imediatamente anterior na série com ajuste sazonal. Na comparação com fevereiro de 2024, o volume de serviços é 14,0% menor. Assim, o volume de serviços acumulado no ano registrou queda de 11,0%, enquanto que o acumulado em 12 meses intensificou a queda e recuou 9,6%. Entre as atividades, foram três quedas e duas altas na comparação com fevereiro de 2024. Em Serviços Profissionais, a variação foi de -32,1%. Em Transportes, Serviços Auxiliares aos Transportes e Correio a queda foi de 23,6%. Os Serviços Prestados às Famílias tiveram recuo de 2,2%. Por outro lado, os Serviços de Informação e Comunicação (9,1%) e Outros Serviços (2,2%), registraram aumentos.
No recorte específico que avalia as atividades turísticas conjuntamente, agregadas no IATUR (Índice de Atividades Turísticas), o resultado de fevereiro para o RS teve alta de 0,6% na margem e recuou 4,0% em relação a fevereiro de 2024. Em 12 meses, a queda é de 14,4%. No Brasil, o IATUR teve variação de 2,9% na margem e aumento de 7,3% em relação a fevereiro de 2024.
Os resultados da PMS do mês indicam que o setor de Serviços continua resiliente. No Brasil, a única atividade que registrou queda na margem foi o setor de Transportes, impactado exclusivamente por uma diminuição em Armazenamento, Serviços Auxiliares aos Transportes e Correios. A sustentação da economia segue atrelada a um mercado de trabalho que permanece apertado, sem sinais, até o momento, de desaceleração significativa, além de ser impulsionada pelas transferências de renda e pelo reajuste do salário-mínimo. No entanto, espera-se que este cenário perca força ao longo do ano. A expectativa é que, especialmente a partir do segundo semestre, comecemos a observar impactos de desaceleração mais evidentes na economia como um todo, e consequentemente, no setor de Serviços. No caso específico do Rio Grande do Sul, devemos observar comportamento oposto, devido à base muito depreciada derivada dos efeitos da tragédia climática no ano anterior.