A decisão errada custa caro. A decisão lenta custa mais. Mas a decisão não tomada custa tudo.
Segundo a McKinsey, executivos gastam em média 40% do seu tempo em decisões. E 60% desse tempo é mal aproveitado. Ou seja: mais da metade da energia da liderança é desperdiçada na hesitação, em vez de ser convertida em ação.
Responda a si mesmo: essa é a sua realidade hoje?
Isso acontece de forma sistêmica em ambientes que apresentam três características perigosas na cultura:
Cultura de aversão ao erro: organizações que punem falhas criam líderes que só decidem quando têm 100% de certeza.
Burocracia travestida de governança: comitês, aprovações e rodadas de alinhamento dão aparência de prudência, mas paralisam.
Ego e medo de exposição: muitos executivos preferem não decidir a correr o risco de se expor a críticas.
O resultado: empresas que confundem “analisar melhor” com “não se mover”.
O problema é que clareza não precede a decisão. Clareza nasce dela.
Esperar informações perfeitas é esperar que o mundo pare. E, sinceramente, o mundo não vai parar ou você não vai ter tempo de esperar a condição perfeita para que decisões importantes sejam tomadas.
Você vai demitir sem ter um novo candidato. Você vai contratar sem ter certeza de que daqui um ano a sua equipe será a mesma, ou se o impacto de um ou dois semestres desanimadores não fará com que o time diminua.
Ok, mas o que fazer para não paralisar?
Defina prazos curtos para decidir – se um concorrente lança em 30 dias, por que seu comitê precisa de 90?
Estabeleça critérios mínimos, não máximos – agir com 70% de informação é melhor do que não agir nunca. Sabe a lógica do MVP (Minimum Viable Product) Use-a constantemente.
Normalize o erro rápido – um erro em 3 semanas custa menos do que uma hesitação de 6 meses.
Delegue autonomia real – cada camada extra de aprovação é um atraso estratégico.
Adote o “teste de vantagem imediata” – se você tem vantagem agora, ataque. Amanhã ela pode evaporar.
O mercado não premia o líder mais prudente. Ou aquele que QUASE fez.
O reconhecimento está no líder mais lúcido diante do risco. Aquele que mede e faz, assumindo riscos. Porque no fim, só existem dois caminhos: quem decide, evolui. Quem espera, evapora.