As PMEs entenderam: IA não é tendência. É sobrevivência 
 

Com 64% das pequenas e médias empresas planejando adotar inteligência artificial, o país entra em um novo ciclo tecnológico. A próxima fronteira? Conectividade robusta e dados de qualidade. 

A inteligência artificial deixou de ser uma aposta futurista para se tornar prioridade estratégica entre pequenas e médias empresas brasileiras. O novo levantamento do Sebrae revela que 64% das PMEs planejam integrar IA até 2027, um salto que mostra a transformação acelerada do tecido produtivo nacional. 
Marketing e atendimento ao cliente despontam como as primeiras portas de entrada — onde a IA entrega retorno rápido, personalização e automação. Mas o entusiasmo esbarra em um dilema conhecido: dinheiro e preparo técnico. 
 

Empresas querem IA — mas investem pouco e treinam menos 

  • 77% das empresas investem menos de 2% do orçamento em tecnologia.
  • 64% citam falta de capacitação como principal barreira. 
  • 52% admitem não ter estratégia clara para IA. 
  • 43% reconhecem que seus dados não têm qualidade suficiente. 


Apesar dos desafios, quem já adotou IA colhe resultados imediatos: 

  • 59% usam IA no atendimento
  • 54% em marketing 
  • 38% no financeiro 
  • 38% no planejamento de negócios 


Mesmo assim, apenas 18% das PMEs usam IA hoje — uma margem enorme para crescimento. 

O que está claro: a próxima onda de competitividade no Brasil passa pela adoção massiva de IA, mas o gargalo estrutural ainda precisa ser enfrentado. 

Os seis pilares que definem quem vai sobreviver à era da IA 
A adoção eficiente de inteligência artificial não começa na automação — começa na base. Especialistas apontam seis pilares que determinam se uma empresa está pronta para dar o salto: 


Base de dados: sem dados limpos, integrados e consistentes, não existe IA funcional. 
Estrutura tecnológica: ambientes seguros, escaláveis e integrados com sistemas legados. 
Conectividade: IA precisa de dados em fluxo contínuo — APIs, nuvem e baixa latência são fundamentais. 
Direcionamento estratégico: o projeto deve nascer do negócio, não da tecnologia. 
Cooperação tecnológica: parcerias encurtam curvas de aprendizado e reduzem riscos. 
Execução de projetos: pilotos bem desenhados e MLOps garantem expansão sustentável. 

Esses pilares funcionam como uma receita para PMEs que querem evitar investimentos fragmentados e criar valor real com IA. 
 

Telecom acelera — e vira peça central na revolução das PMEs 
Se IA é o novo motor, conectividade é o combustível. 
O avanço do 5G e da computação em nuvem está redefinindo o que pequenas empresas conseguem fazer. 

Segundo a IDC: 

  • 49% das empresas brasileiras já adotaram 5G. 


Esse movimento pressiona o setor de telecomunicações a investir pesado. A Claro empresas, por exemplo, anunciou R$ 1 bilhão em 2025 para ampliar nuvem, parcerias e data centers — além de lançar soluções que combinam 5G + automação para varejo, indústria e logística. 

O cenário muda rapidamente porque 98% das PMEs já estão na internet. Ou seja: a base para escalar inovação está formada — falta agora rodar IA em cima dessa infraestrutura. 

O futuro das PMEs depende da mesma equação que move as big techs: infraestrutura + dados + IA 
A mensagem é direta: sem conectividade robusta, IA não entrega desempenho. 
Sem dados bem estruturados, IA não cria valor. 
Sem estratégia, IA vira só mais um custo. 

Com redes modernas e nuvem acessível, pequenas empresas podem: 

  • reduzir custos, 
  • aumentar eficiência, 
  • acelerar tomada de decisão, 
  • e competir com organizações muito maiores. 


A revolução da IA não será restrita às grandes corporações. 
Ela já começa a acontecer na base da economia brasileira. 

E o diferencial dos próximos anos será simples: quem construir infraestrutura digital sólida hoje, liderará o mercado amanhã.